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Zé Nunes quer agenda com ministra do MAPA para tratar dos impactos da estiagem na cadeia leiteira gaúcha

Participaram representações de quase 30 municípios, de todos os segmentos da cadeia leiteira no Estado
28/05/2020 Por Marcela Santos – Foto: Divulgação

Os efeitos sentidos pela estiagem, em especial sobre os agricultores familiares, também chegou para a cadeira leiteira. Para tratar dos impactos e reflexos sociais e econômicos no RS, o Grupo de Trabalho do Leite, da Assembleia Legislativa, coordenado pelo deputado estadual Zé Nunes (PT), realiza reunião virtual na quarta-feira, dia 27 de maio de 2020.

Participaram representações de quase 30 municípios, de todos os segmentos da cadeia leiteira no Estado, o coordenador-geral de Florestas Plantadas e Pecuária, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), João Antônio Fagundes Salomão, deputados estaduais e federais, entidades, movimentos sociais e agricultores.

Diversos produtores de leite relataram suas perdas, as dificuldades de acesso aos recursos disponibilizados, e também os prejuízos com a estiagem ou com a Coronavírus. Também foi registrado que o valor do litro de leite reduziu para o produtor, mas que houve aumento do produto nas prateleiras para o consumidor final, o que tem sido um grande problema.

“Nosso Estado precisa de uma política de setor que organize a cadeia. O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) e o Fundoleite são instrumentos criados para essa função, mas o governador abriu mão”, lembrou.

Segundo Zé Nunes, será agendada reunião com ministra do MAPA, Tereza Cristina, para tratar das peculiaridades da agricultura familiar gaúcha, e outra com superintendentes dos bancos, para compreender as limitações de execução das linhas de crédito.

O GT também buscará a revisão das medidas federais, considerando as consequências da estiagem para o RS, a compra de leite para ao intervir no mercado segurar os preços, o subsídio ao milho balcão para ajudar nesse período que os animais estão com pouco alimento, e liberação do crédito emergencial alterando o prazo do dia 9.

Entre os encaminhamentos a nível estadual, a cobrança, junto ao governador, de uma política estruturada para o leite, agilidade no Programa Forrageiras, anistia do Troca-Troca de Sementes, aquisição de leite para doações para público em vulnerabilidade social, criação do Comitê da estiagem, aos moldes do que existe para o combate ao Coronavírus, para que o setor possa contribuir para soluções emergenciais e estruturais, atenção à liberação do crédito com a prorrogação dos decretos de emergência, a busca de crédito ágil para a cadeia leiteira, junto ao Banrisul.

“Temos participado de várias reuniões para discutir as alternativas para ajudar o setor, mas as medidas federais estão muito aquém do que precisamos, e não há mecanismos adequados para o acesso às medidas”, finalizou.

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