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Exposição “47% – Artistas mulheres no acervo do MACRS” inaugura nesta quinta, dia 11 de fevereiro

"Viagens", de Angela Plass, é uma das obras expostas
11/02/2021 Ascom Sedac / Edição: Vitor Necchi/Secom - Foto: Reprodução

Após mais de dez meses fechado para os visitantes em função das medidas de segurança sanitária e de combate à disseminação da Covid-19, o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS) reabre ao público nesta quinta-feira, dia 11 de fevereiro, com a inauguração da exposição 47% – Artistas mulheres no acervo do MACRS.

Com curadoria de Cristina Barros, Marina Roncatto, Mel Ferrari e Nina Sanmartin, as obras estarão expostas nas galerias Sotero Cosme e Xico Stockinger (6º andar), na Sala Augusto Meyer (3º andar) e na Fotogaleria Virgílio Calegari (7º andar), espaços da Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. O horário de visitação é das 10h às 18h, mediante agendamento pelo e-mail visitaccmq@gmail.com.

Mulheres nos Acervos
 
A exposição 47% – Artistas mulheres no acervo do MACRS nasceu do projeto Mulheres nos Acervos, uma pesquisa colaborativa que coleta e analisa dados sobre a presença de trabalhos de artistas mulheres nas coleções públicas de arte de Porto Alegre, desenvolvida pelas curadoras desta exposição. Em 2019, resultados da pesquisa foram apresentados em exposições no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), na Pinacoteca Aldo Locatelli e na Pinacoteca Ruben Berta. Em 2020, o projeto foi vencedor no 13º Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria Destaque em Acervos.

A pesquisa que embasa o projeto concluiu que o MACRS tem a maior porcentagem de artistas mulheres dentre as instituições públicas de arte da capital, 47,7% (366 artistas), configurando-se como o acervo estudado mais próximo de atingir a paridade de gênero.

Em nível nacional, não se tem registro de outro museu que tenha alcançado essa marca. Os números revelados na pesquisa reforçam a política de aquisição implantada na atual gestão do MACRS, com um olhar mais plural em relação à produção contemporânea.
 
Além de revelar esses dados, a exposição busca um olhar crítico à coleção, pensando em outras questões de representatividade dentro do acervo que, apesar de trazer nomes importantes da arte contemporânea brasileira, conta com poucas artistas racializadas como negras e trans e apenas uma artista indígena, por exemplo.

Durante o período de quarentena em que permaneceu fechado, o MACRS compartilhou nas redes sociais informações sobre as artistas e obras que integram a exposição, apresentando uma amostra do trabalho, que lança um olhar contemporâneo, tanto sensível quanto crítico, sobre a realidade.

A exposição também contará com ações educativas, um elemento estruturante do trabalho de pesquisa e do desenvolvimento das dinâmicas de apropriação do acervo por parte do público, de modo que ultrapasse o exercício de catalogação, fazendo a mediação entre as obras e o público.

Inclusão

As ações propostas incluirão visitas guiadas em libras e comentários críticos e questionamentos criativos sobre alguns trabalhos, além de etiquetas com QR Codes que acionam audiodescrição de todas as obras em exposição como recurso de apoio ao público com deficiência visual e intelectual.

Retomada presencial

Todas as atividades serão gratuitas, voltadas ao público em geral e, também, àquele formado por estudantes, artistas, agentes culturais, professores, curadores, críticos de arte, museólogos e conservadores. Para a efetiva aplicação da acessibilidade e ampliação de um público diverso, a equipe de produção se certificou que os espaços culturais dispõem de meios e suportes, de forma a garantir que pessoas com deficiência motora, auditiva e visual possam participar das atividades culturais propostas.

O MACRS cumprirá todos os protocolos sanitários vigentes em sua reabertura ao público e só está voltando a receber visitantes agora, com a permissão oficial das autoridades competentes e tomando todas as medidas cabíveis de segurança.

Artistas

Ana Alegria, Angela Plass, Camila Schenkel, Claudia Barbisan, Cláudia Hamerski, Claudia Paim, Denise Gadelha, Dione Veiga Vieira, Eleonora Fabre, Élida Tessler, Elle de Bernardini, Fernanda Barroso, Gisela Waetge, Glaucis de Morais, Iole de Freitas, Isabel Ramil, Karin Lambrecht, Karina Nery, Leda Catunda, Leila Danziger, Lidia Lisbôa, Lilian Maus, Lurdi Blauth, Marcela Tiboni, Maria Lídia Magliani, Maria Lúcia Cattani, Mariana Silva, Mariane Rotter, Marina Camargo, Mayana Redin, Patrícia Francisco, Pietrina Checcacci, Regina Silveira, Romanita Disconzi, Romy Pocztaruk, Rosana Paulino, Rosângela Rennó, Shirley Paes Leme, Vera Chaves Barcellos e Yana Tamayo.

Serviço

• Exposição: 47% – Artistas mulheres no acervo do MACRS

• Abertura: quinta-feira (11/2)

• Local: MACRS e Ieavi – Galerias Sotero Cosme e Xico Stockinger, Sala Augusto Meyer e Fotogaleria Virgílio Calegari, nos 3º, 6º e 7º andares da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico – Porto Alegre)

• Visitação: de 11 de fevereiro a 4 de abril, mediante agendamento pelo e-mail visitaccmq@gmail.com. De terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h

• Realização: Secretaria da Cultura, por meio do Instituto Estadual de Artes Visuais (Ieavi), Centro de Desenvolvimento da Expressão e Museu de Arte Contemporânea do RS (MACRS)

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