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Filme Fronteriz@s retrata histórias que nascem nas fronteiras

Projeto reúne cinco curtas-metragens que abordam o território de integração cultural da fronteira Brasil-Uruguai
09/03/2021 Satolep Press – Foto: Felipe Campal / Divulgação

O que são fronteiras? A resposta para esta ampla pergunta está no filme Fronteriz@s, um projeto desenvolvido a muitas mãos e que reúne diferentes olhares sobre o multiculturalismo do território de integração da fronteira Brasil/Uruguai.

O filme é composto por cinco curtas-metragens, gravados em Santa Vitória do Palmar/Chuy (Milonga lejana), Jaguarão/Río Branco (Casa de Rio), Pelotas (Além da fronteira), Bagé (La Sociedad) e Livramento/Rivera (Peregrinus).

O conceito de fronteira está muito além da região estabelecida geograficamente pela faixa de 150 quilômetros a partir da linha divisória entre os dois países. Segundo Ricardo Almeida, produtor geral do filme, a fronteira cultural que nos une é uma região.

“Falamos de um território comum, o pampa neste caso, e na extensão da nossa capacidade de reconhecer o que está transitando neste espaço”, resume. O viés de Fronteriz@s se movimenta a partir de uma linha cultural que reúne memórias, manifestações populares, temáticas, laços familiares e intercâmbios vividos.

A praia do Hermenegildo, no extremo sul gaúcho, foi cenário das gravações de “Milonga lejana”, dirigido por Chico Maximilia e Felipe Yurgel. Entre dunas de areia, céu e mar, a equipe de produção rebobinou o tempo até o ano de 1985.

“A história é inspirada a partir da troca de cartas de exilados políticos, como os uruguaios Esteban Campal e Ruben Eribero Roja durante a ditadura militar”, conta Alex Vaz, que assina o roteiro. A locação foi montada no isolamento do espaço entre a faixa de areia e o mar.

O ambiente ideal para enxergar o personagem em divagações sobre uma luta interna, vivida por tantas figuras emblemáticas que tiveram suas vidas marcadas pelos anos de chumbo. Na pele do protagonista, Vicente Botti faz sua estreia como ator.

O alicerce da trajetória multicultural, entre a música e a literatura facilitou o mergulho. Nascido em Montevidéu e criado na fronteira entre Jaguarão e Rio Branco, ele agregou suas legítimas emoções ao personagem.

“É uma relação muito especial, porque tu vives a cultura dos dois países entrelaçadas: as conquistas sociais, as dores, ou seja, duas pátrias, dois corações”, destaca. O curta está em processo de montagem e tem ainda a direção de fotografia de Felipe Campal com assistência de Daniela Pinheiro, direção de arte de Gabriela Lamas, produção de Carolina Clasen e som direto de Dhyan Diano e finalização de áudio e desenho de som, Protásio Júnior.

Como assistir?

Fronteriz@s tem estreia prevista para abril, através do canal do YouTube. Enquanto isso os bastidores das gravações podem ser acompanhados pelas mídias sociais do projeto. O projeto é assinado pela Sociedade Independente Cultural e realizado com recursos da Lei Aldir Blanc através do edital de Produções Culturais e Artísticas, Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura.

YouTube - bit.ly/fronterizos

Facebook/filmefronterizos

Instagram @fronterizos_filme

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