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Sessões lotadas na estreia do curta sobre João Simões Lopes Neto, em Pelotas

Em torno de 120 pessoas assistiram as duas primeiras exibições do filme de Magalhães e Kinzeski, dentro da programação da Feira do Livro
12/11/2019 Ascom Prefeitura de Pelotas / Joice Lima – Foto: Igor Sobral
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Cerca de 120 pessoas lotaram, em duas sessões, a sala de exibição no Museu do Doce (Casa 8, da Praça Coronel Pedro Osório), na tarde de sexta-feira, dia 8 de novembro de 2019. Tudo isso para assistir à estreia do curta-metragem 'A última morada de João Simões Lopes Neto', com roteiro do escritor e artista visual Manoel Soares Magalhães e direção de Márcio Kinzeski.  

Várias pessoas se dispuseram a sentar no chão, quando todas as cerca de 50 cadeiras de cada sessão ficaram lotadas, para não perder a estreia da produção de baixo orçamento, de cerca de 20 minutos de duração.

Nela, o personagem do escritor João Simões Lopes Neto, interpretado pelo ator Vagner Vargas (que atualmente mora em Portugal), abre os olhos, sentado em um banco da Praça Coronel Pedro Osório, e começa a caminhar pela praça, até se dar conta de que “virou” uma estátua de bronze — e, a partir daí, vivencia uma série de situações inusitadas.

Após a primeira exibição do curta, o diretor Márcio Kinzeski lembrou que era a quarta vez que fazia um filme com Manoel Magalhães e agradeceu à equipe, técnicos e atores, por se disporem a fazer “cinema de coração”, mesmo sem serem pagos para isso. Magalhães destacou o quanto é difícil fazer cinema no Brasil sem dinheiro, sobretudo no sul e em Pelotas, e também enalteceu a equipe pelo “amor à arte e por aceitarem fazer esse voo com João”.

O produtor Sérgio Bizarro falou de sua satisfação de “ver uma ideia virar uma coisa física”. “A gente enfrenta muitas dificuldades, mas é indescritível o prazer de ver a obra finalizada”, compartilhou.  

Também estiveram presentes na estreia o fotógrafo Rogério Farias e os atores Roberta Pires e Hakeen Mhucale. Jovem ator e bailarino que interpretou um escravo no curta, Mhucale disse ser “um privilégio integrar a produção, apesar do peso todo dessa narrativa”. Um dos méritos do filme, segundo ele, é a crítica social, já que salienta “o quanto Pelotas trata mal a sua história e a sua arte”.

Um grupo de estudantes do Senac aguardava, do lado de fora, para assistir a segunda sessão do filme, com entrada franca. A estreia integrou a programação da 47ª Feira do Livro de Pelotas, que teve apoio da Secretaria de Cultura (Secult), que viabilizou o equipamento técnico, e da Universidade Federal de Pelotas, que cedeu a sala para a exibição. 

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