Teve início na segunda-feira, dia 18 de novembro de 2019, a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo.

Até 30 de novembro - data que também marca o “Dia D” de vacinação no município -, jovens de 20 a 29 anos poderão procurar o Centro de Especialidades ou qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) de Pelotas para tomar a dose da vacina, caso não estejam com o calendário vacinal em dia.  

De acordo com o Ministério da Saúde, esta faixa etária é a de maior incidência de casos da doença no Brasil, principalmente por não terem sido imunizados ou terem recebido apenas uma das duas doses preconizadas pelo calendário oficial de vacinação.

Nos últimos 90 dias de surto ativo no país, foram confirmados mais de 1.730 casos em pessoas de 20 a 29 anos, nenhum em Pelotas, que continua livre da doença. No Rio Grande do Sul, 32 casos de sarampo foram registrados.

Dia D

No “Dia D”, programado para o 30 de novembro, crianças de seis meses a menores de 5 anos também poderão ser vacinadas, junto aos jovens de 20 a 29 anos. Cabe destacar que, apesar da campanha nacional, pais e responsáveis devem respeitar a caderneta de vacinação e procurar o Centro de Especialidades ou uma UBS para imunizar seus filhos.

Todas as unidades de saúde devem dar acesso a quem precisar ser imunizado contra o sarampo. Se o usuário encontrar dificuldades pode ligar para a Ouvidoria da Prefeitura, pelo telefone 156, ou entrar em contato pelo WhatsPel.

A doença

O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. Qualquer indivíduo que apresentar febre e manchas no corpo, acompanhadas de tosse, coriza ou conjuntivite, deve procurar os serviços de saúde, principalmente aqueles que viajaram 30 dias antes para locais com circulação do sarampo.  

Estudo sobre vacinação

Na última semana, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) divulgou o resultado de pesquisa que buscava identificar as causas dos baixos índices de vacinação no estado, incluindo Pelotas. Segundo o estudo, o descaso e a desinformação de pais ou responsáveis por crianças de até 6 anos são as principais causas, sendo que 59% das pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo. Questões da saúde da criança, como contraindicação médica e alergia ao ovo - proteína presente nas doses - somaram 31% dos motivos citados.  

Mesmo que por algum motivo não tenham vacinado as crianças, mais de 96% disseram acreditar na imunização e a consideram importante. Apenas 4% responderam não acreditar na eficácia das doses.

A influência das notícias falsas também foi analisada e cerca de 31% disseram já ter lido ou ouvido informações antivacina na internet. Porém, mais de 84% desses afirmaram não dar credibilidade aos relatos e notícias, mostrando confiança na vacinação. Os dados serão utilizados para futuras intervenções, com o objetivo de melhorar as coberturas vacinais.