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“O Romance Morreu” é a nova exposição da Galeria Ecarta

Mostra com 30 pinturas da jovem artista Ana Júlia Vilela inaugura sábado, dia 16 de outubro, e segue até 14 de novembro
14/10/2021 Fundação Ecarta – Foto: Divulgação

A artista visual Ana Júlia Vilela apresenta seus mais recentes trabalhos na mostra “O Romance Morreu”, sexta exposição da programação artística 2021 da Galeria Ecarta, exclusivamente de pinturas. A jovem artista de 25 anos, é mineira, cursou artes visuais em Pelotas (RS), reside e trabalha em São Paulo. A exposição pode ser visitada de 16 de outubro a 14 de novembro, de terça a domingo, das 10h às 18h.

A exposição reúne um conjunto de 30 pinturas inéditas em que a artista reelabora a "morte do romance"  em uma iconografia muito própria, transitando entre a abstração e a figuração com formas fluidas e contrastes cromáticos.

O convite para expor na Galeria foi feito ainda em 2019 pelo integrante do Comitê de Curadores da Galeria Ecarta, Chico Soll. “Os contornos foram se transformando até a concretização atual. O romance foi morrendo, renascendo e morrendo”,  conta Ana Júlia, confessando sua alegria em estar no estado, onde fez sua formação.

“É uma grande honra expor na Galeria Ecarta, espaço que me encantou. Quero retribuir ao estado de alguma forma”,  registra. A artista comenta que além das obras, a ideia é também entender e brincar com o espaço sob a ideia da pintura total, o que vem gradativamente aparecendo em seu trabalho.

 “A exposição se iniciou com um dos meus diários e tem algo de muito particular”, diz Ana Júlia. E reflete: “Entre as afirmações de que a pintura já morreu, do amor romântico estar morto, me interessa investigar nossas emoções em relação a isso, o que para mim se tornou bem evidente no contexto pandêmico é que todos compartilhamos ansiedades, anseios e atravessamos lutos e pequenas mortes. Essas relações se entrelaçam  nas pinturas”.

Ana Júlia expõe regularmente em salões e coletivas em diversas cidades do país, como na mostra O som dos olhos, Museu Municipal Casa da Memória (Cajamar, 2012; foi premiada no 43º Salão de Arte de Ribeirão Preto (2018); recebeu Menção Honrosa na Bienal das Artes Sesc-DF (Brasília, 2018); A morte de uma festa, MARP (Ribeirão Preto, 2019) e Todas as festas de amanhã (São Paulo, 2021).

Multiplicidade e sinergia

“O trabalho da artista se posiciona entre a figuração e a abstração. As instalações são uma das tentativas de unificar, de trazer um sentido em tanta multiplicidade”, adianta o curador Chico Soll, que tem sua atuação marcada por investigar a produção de jovens artistas. Ele entende que o mais importante da mostra é que o público crie as próprias relações com as obras.

Ana Júlia faz parte de uma geração cuja cultura de massas, a linguagem da internet e o acesso irrestrito a um vasto campo de imagens e notícias são elementos de criação importantes como as referências adquiridas pela educação formal, experimentando contrastes cromáticos e novos formatos e superfícies.

“As pinturas de Ana Júlia Vilela são crônicas, tanto no sentido médico, relativas a uma duração: são constantes, permanentes; quanto no literário: recortes de um cotidiano, com doses de ficção e realidade, facilmente relacionáveis às experiências do espectador/leitor”, complementa.

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