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Pesquisa mostra que 28,9% das pessoas endividadas possuem dívidas com carnês de loja

Pelo quinto mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas apresentou redução na comparação com o mês anterior
14/01/2020 Fecomércio – Foto: Myriam Zilles por Pixabay / Divulgação

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgada pela Fecomércio-RS na segunda-feira, dia 13 de janeiro de 2020, mostrou que em dezembro, pelo quinto mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas apresentou redução na comparação com o mês anterior, apesar de ainda permanecer em patamar superior ao mesmo mês do ano passado.

Atualmente, 66,2% das famílias gaúchas apontam que apresentam dívidas contraídas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de loja, empréstimo pessoal, compra de imóvel ou prestações de carro e de seguros, entre outros. Os resultados completos podem ser acessados aqui.

Em dezembro, 79,6% das pessoas endividadas tinham dívidas com cartão de crédito. Entretanto, chama muito a atenção o crescimento de carnês, atualmente com 28,9% das pessoas que tem dívidas.

"Muitas lojas atualmente trabalham com cartões próprios, numa versão repaginada dos carnês. Ao oferecer o crédito sem cobrança de anuidade e oferecendo uma série de vantagens aos seus consumidores, esse tipo de meio de pagamento costuma cair nas graças do público, o que ajuda a explicar o resultado que vemos na pesquisa", analisa o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

A renda comprometida com o pagamento de dívidas em dezembro foi de 29,1%, próximo ao considerado limiar para que os gastos com dívidas não comprometam o consumo presente, evitando, assim, a criação de condições para uma situação de inadimplência. O cartão de crédito permanece, de forma isolada, como o principal meio de endividamento.

O percentual de famílias com conta em atraso aumentou mais uma vez, atingindo 28,0% dos entrevistados. E o e percentual de famílias que não terão condições de regularizar nenhuma parte de suas dívidas em atraso no horizonte de 30 dias, que sinaliza o grau de persistência da situação de inadimplência, também registrou nova alta, alcançando 13,1%.

"As novas características do mercado de trabalho, com maior participação de pessoas sem vínculo formal de trabalho, o atraso nos pagamentos do funcionalismo, a falta de educação financeira, entre outras razões, ajudam a explicar a dinâmica da inadimplência. Hoje não temos patamares preocupantes, mas precisamos sempre observar esses números com atenção", observou o presidente da Fecomércio-RS.

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