Quatro acusados pelo MPRS por homicídio de caminhoneiro, em Bom Jesus, vão a Júri
Os quatro suspeitos de envolvimento na morte do caminhoneiro Luciano Boeira Melos, de 27 anos, morador de Bom Jesus, na Serra, vão a júri. Os denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) são a mulher com quem ele tinha um relacionamento extraconjugal, o marido, o pai e o cunhado dela. O crime ocorreu dia 26 de julho de 2023, quando a vítima desapareceu.
A denúncia do MPRS é do dia 9 de outubro do ano passado. Todos os investigados estão presos desde o dia 17 de agosto de 2023 no Presídio Estadual de Vacaria.
Conforme a denúncia do promotor de Justiça Raynner Sales, os suspeitos respondem por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além disso, eles respondem por ocultação de cadáver e fraude processual. Para o MPRS, o caminhoneiro foi assassinado porque o marido descobriu a traição da mulher com quem ele mantinha um relacionamento extraconjugal.
“O MPRS já aguardava a decisão de pronúncia em que os réus foram submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri, uma vez que as provas produzidas durante a instrução demonstraram – de maneira efetiva – a participação dos acusados na prática dos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual.
A elucidação desses fatos somente foi possível diante da excelência do trabalho investigativo desenvolvido pela Polícia Civil de Bom Jesus. Agora, na certeza de que essa decisão será confirmada pelo Tribunal de Justiça, em havendo recurso por parte das defesas, o MPRS espera a marcação da data de julgamento e a condenação dos acusados pelos crimes que praticaram, a fim de que possamos dar resposta à sociedade, bem como dar resposta à família do Luciano”, ressaltou o promotor Raynner Sales.
Em
relação ao homicídio duplamente qualificado, a denúncia enviada à
Justiça descreve que os suspeitos atraíram a vítima para uma
estrada rural, oportunidade em que a mataram e ocultaram o seu corpo
em local desconhecido.
Além
da ocultação de cadáver, a denúncia do MPRS aponta a prática do
crime de fraude processual, uma vez que os suspeitos teriam apagado
mensagens trocadas via aplicativo de celular, tentaram criar álibi e
descartaram a motocicleta da vítima em um rio a 30 quilômetros de
distância do local do crime, tudo com o intuito de ludibriar as
investigações.
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