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Deputado Zé Nunes intercede pela garantia do abastecimento das feiras livres

90% dos produtos vêm de agricultores familiares de outros municípios gaúchos
26/03/2020 Agência de Notícias AL/RS - Foto: Anahi Fros

O Deputado Estadual Zé Nunes (PT), protocolou documento ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, que trata da sua preocupação em relação ao abastecimento alimentar das feiras livres, no contexto da pandemia do Coronavírus.

Considerando o Decreto Municipal nº 20.525 de 2020, que restringe a participação em feiras para os produtores de Porto Alegre, o parlamentar acredita que esta iniciativa prejudicará centenas de agricultores de vários municípios gaúchos que comercializam na Capital.

“Segundo os próprios agricultores, a participação dos produtores de Porto Alegre nas feiras ecológicas restringe-se a menos de 10% do total. Isso deixa evidente que mais de 90% dos produtos vêm de agricultores familiares de outros municípios gaúchos. Isso é importante para ter como referência quando se pensa em estratégias de abastecimento”, explicou.

Ele informou que em decorrência das medidas sanitárias anunciadas pelos governos, diminuiu o número de clientes em aproximadamente 70%, com significativa redução de produtores nas feiras. “Isto, portanto, teve como consequência direta um menor número de pessoas circulando. Soma-se a isto, que os feirantes, a partir de suas organizações, adotaram medidas preventivas tais como estabelecimento de distância maior entre as bancas, uso de álcool em gel, vedação de tocar os alimentos, pessoas com a obrigação de orientar os consumidores, entre outras”, defendeu.

A Central de Abastecimento (Ceasa), por exemplo, continua operando. Por ali passam semanalmente, toneladas de alimentos e centenas de pessoas vendendo e comprando. “Muitos desses produtos vêm de fora do Estado e de outros países, portanto, com maior probabilidade de contaminação, se esse é o fator preponderante do objeto em discussão”, alertou.

Zé Nunes acredita que no caso de paralisação das feiras, a população tende a migrar para os supermercados, locais que se caracterizam por serem fechados e de grande movimentação de pessoas o que pode ser ambiente mais prejudicial quando comparado às feiras, que são realizadas ao ar livre ou em lugares abertos, o que as diferencia justamente nos aspecto de evitar contaminações. “Defendemos, portanto, que as feiras de produtores realizadas na Capital sejam mantidas com a participação de famílias que vêm de fora da cidade”, finalizou.

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