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Emissão de notas eletrônicas cai 38% em relação ao início do mês

No dia 23 de março a emissão de notas eletrônicas correspondeu a cerca de R$ 220 milhões e no dia 2 de março, foi de R$ 360 milhões
27/03/2020 Ascom Sefaz/Receita Estadual / Edição: Secom – Foto: Divulgação

Desde o início de março, em função das mudanças provocadas pela pandemia do Covid-19, a Secretaria da Fazenda intensificou o monitoramento das atividades econômicas dos principais setores do Estado, especialmente a partir das movimentações da Nota Fiscal Eletrônica (NFe).

Os dados indicam que no dia 23 de março a emissão de notas eletrônicas no varejo no Rio Grande do Sul correspondeu a cerca de R$ 220 milhões.

No dia 2 de março, a emissão foi de cerca de R$ 360 milhões. Em volumes de notas emitidas, houve uma redução média de 38% do dia 23 de março em relação aos dias anteriores.

Dados publicados

As secretarias de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal estão tornando públicos os dados quantitativos e valores totais das Notas Fiscais Consumidor Eletrônica (NFC-e), emitidas diariamente, assim como os valores totais referentes aos Estados.

Rio Grande do Sul, Alagoas e Rio de Janeiro já estão com os dados acessíveis. As informações sobre o consumo são publicadas diariamente.

A Receita Estadual gaúcha também elabora uma série de estudos com os 16 setores mais relevantes da economia gaúcha, que serão disponibilizados nos próximos dias no site Receita Dados.

Outro serviço disponibilizado à sociedade é a pesquisa de preços de combustíveis no Estado. No Receita Dados é possível comparar o preço médio de gasolina, diesel e outros itens praticados em praticamente todo o Estado.

Consumo médio

Uma primeira análise setorial, feita sobre alguns dos produtos mais comprados pelos gaúchos em março, indica que o consumo de álcool etílico subiu 779%. A segunda alta de vendas foi do grupo de inseticidas e fungicidas, com 100%, seguida de sorvetes, com 98%.

No primeiro período analisado, entre os dias 10 e 20 de março, a pesquisa ficou restrita a um grupo de 23 mercadorias de itens de higiene, alimentação e bebidas. O consumo médio diário das mercadorias selecionadas cresceu 35,6%.

“Neste primeiro estudo, elencamos os produtos mais procurados pelos cidadãos, já que houve uma mudança de hábitos da sociedade gaúcha, com mais refeições sendo realizadas em casa, o que justifica o significativo aumento dos estoques alimentícios e domésticos”, afirmou o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira. No entanto, esse grupo de produtos corresponde a uma parcela pequena do ICMS do Estado.

“Se por um lado houve aumento neste grupo do varejo, há setores em que as vendas caíram significativamente, o que poderá ser avaliado nas análises em elaboração e que serão divulgadas em breve no site.” As informações são extraídas dos sistemas de inteligência da Receita Estadual, com base nos dados dos Documentos Fiscais eletrônicos. Segundo Pereira, o relatório de Indicadores Econômico-Fiscais no RS será divulgado semanalmente.

O secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, afirma que, neste momento, não é possível traçar o comportamento dos tributos gaúchos em março, cujo efeito será consolidado mais à frente. “Essa é uma crise sem precedentes, que impactará a arrecadação de todos os Estados e que encontra no Rio Grande do Sul um fator agravante pela crise fiscal já instalada”, avalia. Secretários de Fazenda de todo o Brasil calculam que a crise pode afetar em cerca de 20% a arrecadação dos Estados, com variações de acordo com as características de cada um.

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